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Alice do Bem

As crianças precisam da nossa atenção – Violência Não!


Você sabia que hoje é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes? 

O dia 18 de maio é dedicado a dar visibilidade ao abuso infantil e lutar contra os inúmeros casos de violência contra crianças e adolescentes que ocorrem no Brasil. 

75% dos casos de violência foram de natureza doméstica.

Em um ano, Hospital Pequeno Príncipe atende mais de 600 crianças e adolescentes vítimas de violência

Em comparação com o ano anterior, o aumento de casos foi de 11%; mais da metade das ocorrências aconteceu na residência da própria criança.

Todos os anos, o Hospital Pequeno Príncipe recebe crianças e adolescentes vítimas de todos os tipos de violência: sexual, física, psicológica, negligência ou autoagressão. Em 2021 foram 618 atendimentos – um crescimento de 11% em relação aos dados de 2020 –, e mais uma vez a violência predominante foi a sexual, com 344 vítimas, ou seja, 55% do total de casos. Em 76 ocorrências não foi a primeira situação desse tipo de violência sofrida por uma criança ou adolescente.

Do total de casos, 136 meninas e meninos precisaram ser hospitalizados para se recuperar das lesões sofridas ou para ser retirados da convivência familiar, até que os órgãos de defesa da infância tomassem as medidas protetivas cabíveis. Um bebê, de apenas 4 meses, entrou em protocolo de morte cerebral após chegar à instituição com várias fraturas e traumatismo cranioencefálico. Um dado alarmante é com relação à pouca idade das crianças submetidas a situações violentas atendidas no ano passado: 282 tinham até 3 anos.

O estresse na primeira infância – que vai desde a gestação até os 6 anos –, incluindo a exposição à violência, acarreta consequências mentais e fisiológicas negativas em longo prazo, que podem causar mudanças permanentes no cérebro que está em desenvolvimento, afetando, por exemplo, o funcionamento cognitivo, a aquisição da linguagem e o autocontrole. Nessa faixa etária, as crianças ainda não conseguem defender-se dessas situações, ou pedir ajuda, pela pouca maturidade e discernimento.

Infelizmente, o lugar em que crianças e adolescentes mais sofrem violência é dentro de casa: 471 casos registrados em 2021 eram de natureza doméstica. Mais da metade dos agressores era do sexo masculino (63,7%), e o pai é apontado como o principal suspeito. “O agressor, normalmente, se aproveita dos vínculos de confiança estabelecidos com a vítima, além do conhecimento da rotina e dos hábitos, para praticar a violência e ficar mais distante da suspeita de tal ato pelos responsáveis e familiares. Por isso, é importante observar mudanças no comportamento da criança e adolescente”, analisa a psicóloga Daniela Prestes, do Pequeno Príncipe.

Neste Dia Nacional de Enfrentamento à Violência contra Crianças e Adolescentes, o Hospital reforça a importância da atenção da sociedade para este tema.
 

Qualquer suspeita de violência deve ser denunciada!

QUAIS SINAIS DEVEMOS FICAR ATENTOS?

Mobilizarmos a sociedade para a importância do olhar atento para os sinais que a criança pode apresentar e que podem ser indícios de violência:

– mudança brusca de comportamento;

– alterações no apetite;

– choro incessante durante diversos momentos do dia ou da noite;

– recusa ou dificuldades para dormir;

– gritos acompanhados de barulhos como batidas;

– voltar a evacuar nas roupas (após fase de desfralde – inclusive na adolescência)

– automutilação

Qualquer suspeita de violência deve ser denunciada!

COMO DENUNCIAR?

Considerando que as crianças vítimas de violência, principalmente as de menor idade, ficam muito tempo em casa – e à mercê do agressor – a denúncia (que pode ser anônima) por parte de vizinhos, familiares e conhecidos pode ser a única chance para conseguirem socorro.

Canais para denúncia

Disque

100 (nacional)

181 (Paraná)

156 (Curitiba)

As crianças precisam da sua atenção! Violência não!

Desde 2006, o Pequeno Príncipe promove a Campanha Pra Toda Vida – A Violência não Pode Marcar o Futuro das Crianças, para dar visibilidade às ações de combate à violência promovidas na instituição. Por meio de manuais e palestras educativas voltadas a profissionais de saúde e da educação, livros sobre autoproteção direcionados ao público infantojuvenil, e mobilização da comunidade por meio de vídeos, posts em redes sociais, divulgação na imprensa e apoio de influenciadores digitais desde 2019, a campanha busca dar destaque ao tema, seja ajudando os profissionais a identificar os sinais de violência, seja incentivando as pessoas a fazer denúncias.

“A campanha é um pedido para que todos fiquem de olhos abertos, atentos aos pedidos de ajuda das crianças e em ação, denunciando os casos suspeitos de violência. A denúncia pode ser feita ligando de forma anônima para o Disque 100 (nacional), 181 (Paraná) ou 156 (Curitiba). Este é um gesto que tem o poder de salvar vidas”finaliza a diretora-executiva do Hospital, Ety Cristina Forte Carneiro.

Fonte – Site Hospital Pequeno Príncipe

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