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Comportamento

Quando você deixa a auto confiança ocupar o seu espaço


O que acontece quando você deixa a auto confiança ocupar o seu espaço? Sai o mimimi….

– E qual é o papel da mulher na gestão de mudanças?

A mulher, pela sua própria natureza é acostumada a vivenciar mudanças profundas, desde a perspectiva biológica. Na adolescência, ela menstrua, fenômeno que provoca transformações físicas, psicológicas e emocionais profundas.. Mês a mês tem a possibilidade de engravidar, e quando isso acontece , pensa que é gerar um filho e nutri-lo com o seu próprio corpo?

Então falar de mudança é um assunto familiar entre nós mulheres.

À medida que nos apropriamos dessa natureza e de um intenso aprendizado social, podemos trazer um jeito feminino de conduzir tais processos.

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Crédito: Visual hunt

Nos primórdios, na sociedade ocidental, a mulher tinha um papel bem definido, ficar em casa cuidando da prole, da família e da casa. Conforme avançamos, esse lugar ficou pequeno e as mulheres se lançaram no mundo do trabalho.

No começo, como diz Moreno, atuando de acordo com os modelos aprendidos, lê-se modelo masculino e na sequência, décadas mais tarde, fazendo a crítica construtiva e propondo um jeito único de atuar frente às mudanças.

Mas para isso acontecer, a própria mulher precisou passar por um processo de transformação.

 

Que implicou e para muitas ainda é necessário:

– Autoconfiança: sentir se autoconfiante, ter um conceito positivo de si, acreditar que é capaz de desafios ousados, abrindo mão da síndrome da mulher maravilha, das ideias perfeccionistas. Isto é, não dá para ser 100% em tudo: corpo malhado de academia, mãe exemplar, presente em todos o momentos, esposa incrível, sexy e dedicada, profissional que atinge todas as metas e sabe tudo e por ai afora. Em muitas situações os 80% estão ótimos, atende, é o que ela e o outro precisa. Detalhe, não estou dizendo que farei o meia boca, simplesmente, entendo que não sou perfeita e me conscientizar que o mundo nem pede isso.

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Crédito: Visual Hunt

As mudanças que nas organizações, muitas vezes são necessárias, e em outras indesejadas e até mesmo temidas, tais como uma crise econômica, fusão entre duas multinacionais, compra de uma outra empresa.

Quando nos sentimos autoconfiantes, seguras, ficamos à vontade para fazer a gestão da mudança com a nossa cara.

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Crédito: Visual Hunt

Bianca, gerente de desenvolvimento de negócios disse, elegeu a colaboração e inclusão suas aliadas. Ela trabalha num ambiente masculinizado: chefe e pares são homens, produto pesado e do universo masculino. Anteriormente quando ia para uma reunião, ficava indignada e se sentindo ameaçada quando a sua estratégia não era aprovada ou escolhida. Ela diz: “Hoje sei que isso é uma perda de tempo e meu lema é: não quero ganhar, só quero chegar mais longe, estou mais receptiva as ideias dos meus colegas e as reuniões ficaram mais amenas”.

Além disso, é importante que saibamos estabelecer parcerias e compartilhar responsabilidades dentro e fora das organizações, pois num cenário de mudança, a exigência aumenta. Se a mulher quiser continuar fazendo tudo sozinha chegará à exaustão. A fala da Ana Paula Camargo, diretora de RH da Renault de Brasil, traduz essa ideia: “No Brasil de hoje, acho que há mais barreiras internas que externas para o avanço das mulheres. A cada mudança, nos questionamos se “vamos conseguir dar conta de tudo”: do trabalho, da casa, dos estudos, da família, etc. Acredito que “dar conta” pode até ser possível, mas à custa de um esforço enorme e talvez…desnecessário. Pensar no que podemos “abrir mão” dá mais trabalho no início, pois é um exercício de desapego… mas cria espaço para novos desafios chegarem.”

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Crédito: visual hunt

Fora isso, é importante ter uma estratégia e método para implantar um processo de mudança, que foi o que a equipe de RH de uma grande empresa fez quando tiveram que mudar a planta da fábrica de lugar.

O feminino não exclui, em hipótese alguma estratégias e características ditas como masculinas. À medida que a mulher se apropria do seu poder, respeitando a sua essência, é focada, competente, tem capacidade de realizar e fazer acontecer ela pode ocupar o seu lugar no mundo e ser condutora e protagonista da implantação das mudanças de uma forma mais construtiva e inclusiva.

A questão é se apropriar da sua essência e fazer o que precisa ser feito, com delicadeza e sem mimimi…

Mari Martins, empresária, executive coach, mãe da Olívia (8 anos), casada.

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