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Saúde e Bem Estar

Zumbido, que barulho é esse?


Zumbindo, que barulho é esse?

Uma das queixas mais incidentes recebidas em consultórios de fonoaudiólogos audiologistas e médicos otorrinolaringologistas é de barulho nos ouvidos ou na cabeça. Essa queixa gera desconfortos de diversos graus de intensidade e implicações na qualidade de vida dos pacientes que nos procuram. Esse “barulho”, é chamado de Zumbido, Tinnitus ou Acúfeno. Pode ser definido como uma sensação auditiva não gerada no meio externo, podendo ser percebida em uma ou nas duas orelhas, na cabeça, ou sem uma localização precisa. (Meyer B. et al-2001).

Esse “barulho” é referido de diversas formas, quando o paciente consegue compará-lo a algum som conhecido os mais comuns que surgem são os apitos, bater de asas de insetos, pulsação, zoeira, estalos e motores.

O zumbido teve uma classificação feita por SHULMAN em 1991 , que é a mais empregada desde então. Essa classificação divide a sensação em zumbido objetivo; som audível, que em alguns casos até mesmo pode ser ouvido pelo examinador, cuja causa pode ter origem vascular ou muscular, e zumbido subjetivo; de ordem idiopática, audível somente pelo paciente, e cuja causa não pode ser determinada.

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Nesse artigo vamos nos ater ao zumbido de origem auditiva.

Um caso especial chamou-me a atenção há alguns meses atrás. Um paciente veio com um questionamento desesperado: “ Há muitos anos tenho esse barulhão no ouvido mas só agora fui atrás.

Se não parar vou enlouquecer!

São muito graves as proporções que o zumbido acaba tomando na vida das pessoas. As questões emocionais e psicológicas envolvidas, o pouco conhecimento, as falsas promessas, abordagens não individualizadas, e a falta de estratégias multiprofissionais podem fazer com que os pacientes cheguem ao total desespero, quando após percorrerem vários lugares chegam ao veredicto que seu zumbido não tem cura.

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Vamos falar um pouco sobre a origem auditiva do zumbido. O zumbido pode ser originado nas orelhas externa e média, esses são mais freqüentes, tem tratamento específico e normalmente levam à bons resultados. Pode ter origem também na orelha interna e vias auditivas periféricas e centrais. Esses são os mais difíceis de trabalho, pois podem ter iniciado em processos anteriores, que não estão mais presentes, ou seja, podem estar presentes como sequela.

Alguns exemplos de causas auditivas são; rolhas de cerúmem, otites, tumores, otosclerose, disfunções de tuba auditiva, traumas, presbiacusia, ruído, doença de Menière, isquemias de orelha interna, fístula peri-linfática e outros. É também encontrada em literatura os zumbidos de origem psicogênica.

O tratamento do zumbido tem diversas abordagens…

à princípio podendo ser feito tratamento de base com o médico otorrinolaringologista, com procedimentos algumas vezes medicamentosos e/ou cirúrgicos ou outros.

Faz parte do tratamento também a abordagem terapêutica fonoaudiológica com o uso de próteses auditivas com amplificação ou apenas geradores de som, terapias cognitivo- comportamentais e acompanhamento psicológico ou até mesmo psiquiátrico.

Me reportando ao caso do paciente acima referido, concluo esse artigo chamando a atenção para esse “barulho”, que deve ser levado em conta quando começamos a percebê-lo, que pode ser um sinal de que algo está errado, e que para ele pode existem vários tipos de tratamentos, com vários
prognósticos.

Jackeline Martins.
Fonoaudióloga, Especialista em Audiologia, Mestre em Distúrbios da
Comunicação.
CRFA-8773-Pr

Meyer B et al. Définitions e Classifications. In: Meyer B et al. Acouphènes et hyperacusie. Société
Française d’Oto-rhino-laryngologie et de Chirurgie de Ia Face et du Cou 2001: 3-8.
Sanchez TG, Bento RF, Miniti A, Câmara J. Zumbido: características e epidemiologia. Experiência do
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da LISE Rev Bras de ORL 1997; 63(3):229-35.
American Tinnitus Association (ATA) [http://www.ata.org].

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