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Ser Alice

É “meio honesto” ou é desonesto mesmo?


Na sua opinião, uma pessoa pode ser meio honesta?

Clube da Alice | Blog

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Hoje uma das finalistas do concurso da Unicórnia favorita me questionou sobre a possibilidade de quem votar no concurso seja obrigada a utilizar um CPF válido para confirmar o voto.

Eu expliquei para ela que a nossa votação utiliza o critério de e-mail válido e que mesmo com o CPF não seria uma garantia. Podemos conseguir uma lista de CPFs válidos com uma amiga que faça o cadastro dos seus clientes e tope “emprestar” seu mailling. Um absurdo, mas uma possibilidade que também poderia acontecer.

Depois fiquei pensando se passaria pela cabeça de alguém fraudar um concurso que envolve uma lembrança palpável como uma foto. Na minha cabeça, toda vez que ela visse aquela foto lembraria da maneira desonesta que ganhou e do exemplo que ela deu para a criança que quis presentear…

Outra mãe citou em um comentário que não iria contar para a filha que não foram selecionadas, pois a mesma ficaria muito triste e decepcionada.

Eu acho que esses são os momentos ideais de mostrar às crianças, na prática, como funcionam os concursos e os sorteios. Eu mostraria à minha filha que tinham mais de 2 mil participantes e que somente algumas seriam escolhidas e uma só será a vencedora.

Essa é a hora também de falar sobre honestidade e do esforço necessário para conseguir as coisas. Por exemplo: quando você postou a sua foto, você pensou em uma frase criativa que pudesse impressionar alguém para te escolher? Você marcou ou pediu para as suas amigas curtirem sua foto para ter mais uma chance? Você se esforçou de verdade?

Você pode, junto com a criança, identificar onde poderiam ter feito melhor e fazer diferente da próxima vez. Não ensine sua filha a ser uma vítima!!! Ensine-a a ser forte e que nem tudo é como imaginamos, mas que temos que aprender a lidar com as situações adversas, ser resiliente e superar as decepções.

As pessoas resilientes tem uma autoestima elevada e ela determina o quanto você aprende quando algo deu errado. A autoestima faz com que você respeite a si mesmo e aos outros.

O que é mais importante? Ganhar a qualquer preço ou ser honesto?

Não consigo acreditar que possamos ser “meio honestos”, “meio amigos”, “meio sinceros”, “meio …”

Não estou falando aqui de “sincericídeo”, quando a honestidade supera a boa educação, e sim de ser sincero com sentimentos.

As crianças aprendem pelo exemplo. O que você ensina para os seus filhos quando passa a tarde de papo com a sua amiga e assim que ela vai embora você fala mal dela? O que eles entendem quando você chega em casa reclamando o tempo todo do seu trabalho? Como eles vão comer legumes se você não come? Como vão parar de jogar se você mesma não larga do celular?

Com essas atitudes você ensina que ser falsa é normal, trabalhar é ruim, legumes são desnecessários (afinal você está adulta sem eles) e por aí a fora…

Converse com seus filhos sobre valores, sobre o que para vocês é importante. Muito maior que ganhar um concurso é explicar como as mentiras, mesmo que pequenas, desgastam as relações e magoam os outros.

Procure deixar uma herança na alma de seus filhos, o caráter ninguém nunca vai tirar deles. Ensine o que é CERTO e que não existe “Meio Certo” ou “Meio honesto”. Essa coisa atual que vivemos em que tudo é relativo é muito perigosa para as crianças.

“Ajude o seu filho a desenvolver empatia pelos outros. Ele não precisa se lamentar por toda pessoa que é menos privilegiada do que ele, o que pode ser exaustivo. Mas é importante que o seu filho desenvolva a empatia, a habilidade para entender o que outra pessoa sente e se colocar no lugar do outro. Isso o ajudará a ver o mundo de outra forma e a melhorar o seu comportamento em relação aos outros. Por exemplo, se ele chega chateado porque a professora gritou com ele, ainda que a atitude da professora seja condenável, tente conversar sobre o que a teria levado a fazer isso, em vez de simplesmente dizer que ela é má.” (Felipe Koller)

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Eternity Portifólio

Eu acredito muito nessa frase e acho que o mundo pode ser bem melhor se prepararmos nossos filhos para enfrentá-lo, tornando-os pessoas melhores do que nós.

“Existem muito mais pessoas boas que más. Número grandiosamente maior. Todavia, as poucas pessoas más têm seus efeitos tão fortemente propagados que as vezes nos faz duvidar dessa realidade. Assim é com o Bem e o Mal.”

 

 

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