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Entrelinhas de Mulher

Eu não atravesso portas


Eu não atravesso portas…

Sempre fui aquela amigona de todas as horas. Aquela que escuta, aconselha, que vibra com cada conquista do outro e que torce muito pela felicidade de todos, dos que ama e daqueles que ainda precisa aprender a amar.

Eu sempre quis muito transformar esta habilidade em competência. Iniciei pela pedagogia. Foi muito bom, mas depois de 25 anos na seara educacional, eu queria novos ares.

Os caminhos da vida me levaram ao coaching, onde atuo na perspectiva integrativa e à psicologia, formação que curso atualmente.

O coaching propicia uma oportunidade de autoconhecimento e autodesenvolvimento. É tremendamente emponderante, visto que te coloca em contato com o melhor de você mesmo. Aquele bordão que diz – seja sua melhor versão – é real. Concreto! Possível! Sinceramente, estou apaixonada!

Como a boca fala do que está cheio o coração, minhas falas, frequentemente, envolvem a temática e suas beneficies. E assim, todo mundo já sabe que sou uma coache feliz e superdedicada.

Talvez por isso, vez ou outra, as pessoas comentam: “hei! Você podia me dar uma dica para eu “ajeitar” o meu marido, né?” ou “estou pensando em pagar para minha irmã. Ela não quer mudar, mas vai que com as sessões do coaching ela consegue?”. Também vem a clássica: “ela não percebe que está precisando de ajuda!”.

Minha resposta é sempre a mesma: “eu não atravesso portas!”. Depois, emendo: “e você também não!”.

Para que os processos de autodesenvolvimento aconteçam, os indivíduos devem querer ajuda! Devem se perceber e desejar mudar. Devem abrir as portas do seu coração. E estas portas têm a fechadura somente para o lado de dentro.

É preciso vontade, permissão e entrega.

Simples assim!

Confúcio já mandou este papo reto há séculos: “De nada vale tentar ajudar aqueles que não se ajudam a si mesmos”.

EU SEI que é dureza ver quem a gente ama sofrer, errar e bater a cabeça mas cada pessoa tem o seu tempo!

E aqueles que queremos ajudar precisam dar um passo. E o primeiro passo para a cura é a percepção do problema. É admitir para si mesmo que precisa de ajuda. É levantar o olhar do umbigo em direção ao horizonte! É ampliar a visão de mundo! É abandonar o conforto do vitimismo e o calor da acomodação.

E nós? O que podemos fazer então?

Com empatia e serenidade, respeitar o tempo do outro. Podemos dizer que os amamos e que eles não precisam estar sozinhos nessa. Afirmar que, a hora que precisarem, é só pedir amparo. Comentar que existem profissionais especializados em ajudar. Confiar na força da vida. Orar. Estar presentes. Abraçar. E, feliz ou infelizmente, aguardar.
Aguardar a porta se abrir para envolvê-los no mais confortante dos abraços.

Rubem Alves nos confidenciou que as almas são como borboletas. Quem tenta ajudar a lagarta a se libertar, aleija ou mata a borboleta. Precisamos acreditar que há um instante em que uma voz avisa que chegou o momento de uma grande metamorfose. Um momento de libertação. Um despertar interno que impulsiona para cura e empoderamento.

Tenha paciência! Seja resiliente! Vai dar tudo certo!

O melhor de Deus está por vir!

Beijos,

Dani

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