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Cultura e Diversão

Freddie Mercury – Os Clássicos e o Feitiço do Tempo


Freddie Mercury – Os Clássicos e o Feitiço do Tempo

No dia 5 de setembro, meu grande ídolo, Freddie Mercury, teria completado 72 anos se estivesse vivo…

Não, pera aí… SETENTA E DOIS ANOS??? Como assim?

Não consigo imaginar Freddie Mercury com 72 anos. Onde eu estive esse tempo todo? Será que eu pisquei e perdi a trilha do tempo? Que feitiço é esse?

Ainda me lembro da primeira vez que o vi… Ou melhor, não vi de verdade, afinal, nessa época não era tão simples ver seus ídolos, mas sim escuta-los no rádio.

Não havia a internet ou qualquer outro recurso que possibilitasse algo além de escutar as canções no rádio, gravá-las em fitas cassete assim que tocavam (quando dava tempo) e criar as imagens das músicas na cabeça. A canção neste caso era Love Of My Life, versão ao vivo.

A única opção para efetivamente vê-los era comprar as revistas de rock nas bancas ou torcer para que o vídeo clipe fosse transmitido no Fantástico domingo a noite. Mas, ainda assim, corria o risco de que o clipe do dia fosse como o de Freddie no dia 24 de Novembro de 1991, o domingo em que a principal notícia do programa foi a de sua morte, um dia após de Freddie anunciar publicamente que era portador do vírus HIV.

Nesse dia, a AIDS levou embora o cara que me deu uma profissão.

Na semana passada, meu manager nos Estados Unidos, (para onde me mudo em Janeiro de 2019 e já aproveito este texto para fazer o anúncio oficial) me disse: “Monte seu show novo apenas com clássicos, é o que vai fazer a diferença aqui”.

Em um primeiro momento, cheguei a duvidar dele, quando, de repente, um novo feitiço: apareceu na minha timeline do Facebook um vídeo de um coral de crianças  (entre 8 e 12 anos de idade) cantando Bohemian Raphsody. Foi então que me convenci: ainda há muito o que fazer.

Impressiona o quanto essas histórias ainda têm força, o quanto essas músicas ainda fazem diferença na vida das pessoas e o quanto o clássico sempre terá seu lugar e seu público independentemente dos caminhos que a música toma.

Recomeço minha carreira ao comemorar o aniversário de 25 anos dela…

Não, pera aí… VINTE E CINCO ANOS??? Como Assim???

Será que eu pisquei e perdi a trilha do tempo? Que feitiço é esse?

A grande verdade é que não perdi nada nesse tempo, eu apenas curti tanto que nem ví ele passar.

E o tal feitiço, não é nada além do que o maravilhoso feitiço do tempo agindo em nossas vidas através da música e nos deixando uma certeza: Sim, ainda há muito o que fazer.

Ready Freddie!!!

Obrigado por todos esses anos.

Zé Rodrigo | Músico

 

 

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