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*Para que eu?*


“Sou Dani Lourenço, escritora e coach de mulheres.Recebi a nobre missão de contar as histórias de 12 mulheres sensacionais que são sobreviventes de situações adversas e desafiadoras, na perspectiva da partilha!Quando essas vencedoras compartilham suas histórias, inspiram-nos a vencermos nossos próprios desafios!São exemplos de coragem, resiliência e certamente de muitas bençãos que nos ensinam *sobre viver* em meio às adversidades!Com vocês, a segunda história, da Fabiana Cristina Ribeiro da Silva

*Fabiana Cristina Ribeiro da Silva*

Fabi era daquelas pessoas que não precisavam fazer absolutamente nada para serem notadas. Tinha uma energia que a precedia!Olhos negros, parecendo duas jabuticabas colhidas frescas ainda sob o brilho do orvalho. Sorriso farto e muita alegria de viver.Acreditava que o era bonito podia ficar lindo e assim resolveu marcar uma plástica para embelezar o colo e os seios.Uma vaga lembrança brotou na mente de Fabi ao tomar aquela decisão… um módulo, benigno, pequeno, inocente… Aff! Seria melhor tirar o dito cujo antes que o médico invocasse e não quisesse fazer o retoque na beleza, ponderou ela.Já faziam 3 anos desde a última mamografia mas né? Uma vez benigno, sempre benigno…

*Só que não…*

Têm acontecimentos na vida da gente que parecem um acidente aéreo… É um mar de “coincidências” e fatos que levam o avião ao chão.Fabi foi remover o nódulo dois meses antes da cirurgia estética. Mas, “misteriosamente”, o resultado atrasou muito… Como não era nada, ela fez a plástica como havia planejado. Ao acordar da anestesia, o plástico relatou ter ficado intrigado com a aparência interna de uma das mamas e declarou ter separado material para biópsia, por prevenção…Novo atraso nos resultados. Tanto que Fabi, feliz da vida com o resultado da cirurgia, esqueceu dos tais exames.Cinco meses se passaram e veio aquele estalo: preciso buscar meu exame. Ainda pensou consigo mesma: vou só por desencargo de consciência, porque nunca deu nada… Só que não… daquela vez deu!

*A ficha caiu*

Quando pegou o laudo, a ficha caiu… É maligno! Cara! Como assim, pensou ela!No dia seguinte, foi ao oncologista e foi o mundo de Fabi que caiu! Não apenas era maligno, como estava em grau 3 e podia ter se espalhado para outras partes do corpo, característica da temida metástase.E lá se foi o peito novo, o cabelo, a vaidade e a autoestima.E lá chegou a culpa, o arrependimento e o medo! Porque deixei de acompanhar o nódulo? Porque não reclamei que o exame estava atrasado! E se eu morrer?

*Ideia colorida*

A luta do paciente oncológico é, muitas vezes, solitária… Não porque está sozinho de fato, mas pela rotina que o obriga a se ausentar do trabalho, da rotina doméstica e da vida como ela costuma ser…É como se deixasse de ser ele para ser um arremedo si mesmo… Fabi percebeu esse movimento interno e decidiu que com ela seria diferente…Seguindo os conselhos médicos, resolveu que caminharia no parque. Mas né? Caminhar sozinha não seria a melhor das ideias naquele momento, afinal, a quimioterapia tinha alguns efeitos colaterais incômodos.Foi então que teve a ideia que coloriu novamente sua vida! Resolveu publicar um post no Clube da Alice compartilhando sua condição, pedindo companhia para andar.No coração de cada ser humano ainda reside um espírito de solidariedade e empatia! As respostas começaram a pular no post e no celular da Fabi…

*Anjos na Terra*

Na manhã seguinte, Fabi acordou cedo e, meio aos trancos e barrancos, foi ao parque. Pensou consigo mesma, se uma ou duas Alices aparecerem para caminhar comigo, já estou feliz!Quinze anjos apareceram! Incrédula, chorou de emoção! A cada dia, mais anjos chegavam para dar suporte à Fabi!E caminharam juntas, de mãos dadas, pelo parque e rumo a um futuro infinitamente mais feliz!

*A cura*

A vida deu voltas como elas deram voltas untas pelo parque!Fabi foi melhorando a imunidade, sentia-a mais poderosa que a quimioterapia e apressou o passo rumo à felicidade! Começou a correr!Correu tanto que chegou ao final daquela maratona, cuja a faixa dizia: FINAL! VOCÊ ESTA CURADA!Quando perguntei a ela sobre a lição daquela experiência, ela contou que por várias vezes, em vez de se perguntar “por que eu?”ela se perguntava “para que eu?”.Achei lindo ela buscar identificar um propósito naquele contexto tão sofrido!E claro que ela sabe a resposta! Para que a Fabi? Para que ela seja um exemplo de resiliência e de esperança! Para que ela siga como uma inspiração para dezenas de mulheres que correm nas estradas da vida que ela, um dia correu e venceu!Fabi,Agradeço pela confiança e desejo que siga firme no propósito de inspirar mulheres na busca pela cura, na busca pela VIDA!

Sigo contigo no amor, Dani”

Texto de Danielle Lourenço Hoepfner

Fotos – Lucy Lima

Look – Confraria Store

Beauty – Atelliê Crystal

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